quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Absinto

Nome científico: Artemisia absinthium
16-03-2012
Sinonímias: Absinthium officinale, Artemisia pendula, Artemisia rhaetica
Nomes comuns: Absinto, losna, sintro, acintro, losna-maior, amargoso, grande-absinto
Família: Asteraceae (Compositae)
Origem: Europa e Ásia

O absinto é uma planta herbácea perene que apresenta um porte quase arbustivo, pois pode crescer até cerca de 1 metro e meio de altura. Possui um caule acinzentado e lenhoso (caso não se efetuem podas) e as suas folhas são alternas, finamente recortadas, com uma coloração verde acinzentada e libertam um aroma forte. A sua floração ocorre geralmente entre os meses de julho e setembro, originando flores amarelas com um cheiro bastante distinto e intenso.

11-03-2013
Cultivo: É uma planta fácil de cultivar, pois adapta-se a qualquer tipo de solo (mesmo solos secos e pobres) desde que bem drenados. Deve ser plantada sob pleno sol e é pouco exigente em água. O seu desenvolvimento é muito rápido, logo devemos podar a planta para conter o seu vigor e evitar a formação de caules lenhosos, os quais contribuem para o seu envelhecimento precoce. As folhas amareladas e secas também devem ser cortadas. Multiplica-se por sementes e estacas, estas enraízam bem desde o início da primavera até ao fim do verão.

Propriedades e utilizações: São-lhe atribuídas várias propriedades, o Dr. Oliveira Feijão, na sua obra Medicina pelas Plantas, menciona o uso das suas folhas e sumidades floridas como “tónicas, aperitivas, estimulantes, digestivas, febrífugas, diuréticas e emenagogas”. Em todo o caso, hoje em dia, sabe-se que a planta (nas várias formas) não deve ser utilizada em grandes quantidades por ser tóxica, podendo provocar distúrbios nervosos, convulsões, insónias e graves intoxicações. Por esta razão, o famoso licor de absinto foi proibido em alguns países europeus, pois a planta contém quantidades de tujona que são ativadas pelo álcool.
Na horta e no jardim, o absinto é uma planta bastante útil devido às suas propriedades inseticidas, pois afasta pulgões verdes e negros, lagartas, borboletas da couve, mosca-branca, aranhiços e, de uma maneira geral, todos os parasitas de asas. Pulverizado sobre o solo afasta as lesmas. A própria planta tem ação repulsiva, mas também podemos usar em pó ou fazer uma maceração, decocção ou infusão de absinto.
18-03-2014
Várias receitas de inseticidas biológicos de absinto:
Através da maceração: 1kg de planta fresca para 10 litros de água que depois de macerar alguns dias aplica-se em pulverizações nas folhas; Macerar 300gr da planta fresca, ou 30gr da planta seca, por cada litro de água durante uma semana. Depois de filtrado pulverizar as plantas afetadas; Como inseticida contra a lagarta da maçã e noutras plantas grandes, faz-se uma maceração de 500g de folhas em 3 litros de água durante 24 horas e aplica-se durante 3 dias seguidos.
Através da decocção: 150 g de planta fresca ou 15 g de planta seca para 1 litro de água. Diluir em 4 litros de água antes de aplicar.
Através da infusão: 100g de folhas frescas por litro de água infundida 15 minutos; Para a praga chamada de áltica das crucíferas (Pyllotreta nemorum), preparar uma infusão de 100g por 1 litro de água e pulverizar pura, à tarde.
Podemos cultivar a planta próximo do galinheiro, para proteção contra piolhos e outros parasitas das galinhas. No caso de pulgas e carraças dos cães podem ser eliminados com um banho com decocção de absinto. A decocção aplicada na pele, quando se sai para o campo, afasta mosquitos e carraças. A infusão de absinto é um ótimo desinfetante doméstico. Podemos queimar algumas folhas secas para desinfetar e limpar o ambiente. Podemos colocar a planta seca nos armários ou em saquinhos para afastar as traças das roupas.
Inibe o anis, o funcho, a salva e as plantas jovens de uma maneira geral. Logo há que ter em atenção que os preparados de absinto se forem aplicados em plantas jovens podem atrasar o seu desenvolvimento.

11-03-2013
29-05-2013
08-05-2013
Curiosidades: O absinto é famoso desde tempos muito antigos, pelas suas virtudes medicinais, sendo citado num papiro egípcio que data de 1.600 a.C; Na Grécia Antiga, esta planta era dedicada à deusa Ártemis (Diana, entre os romanos, deusa da caça e da castidade) e daí a origem de seu nome científico; Em Portugal, é uma planta espontânea em algumas zonas do país, principalmente no Minho e em Trás-os-Montes e Alto Douro.

6 comentários:

  1. Eu não conheço esta planta , mas se é a que estou pensando
    só de tocar nela as mãos ficam com um cheiro forte.
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  2. O que eu tenho procurado esta planta nos hortos e não encontro. Arranjei-me ontem umas estacas e plantei-as, espero ter sorte. Só que as estacas são muitos peuqenos e eu coloquei-as num sítio com muita água. Será que fiz bem pois é uma planta de sítios estios?

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    Respostas
    1. Viva Jorge,
      Se o solo onde colocou as estacas for bem drenado penso que a planta se vai adaptar. Contudo, aconselharia a colocar as estacas primeiro num vaso e só depois (se pegassem) é que colocaria a planta no local definitivo.

      Esperamos ter ajudado e seja sempre bem-vindo!
      Um abraço

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  3. Obrigado pela dica. Diversifiquei a colocação das plantas. Umas no solo e outras em vaso. Umas à sombra e outras ao sol. a verdade é que pegaram todas.

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  4. celia Rodrigues de souza siva30 de janeiro de 2015 às 22:22

    é verdade que essa planta afasta sapos do jardim

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