07-11-2014 |
Nome científico: Brassica rapa L. var. rapa
Sinonímia: Brassica
campestris rapa
Nome comum: Nabo, Nabiça, Nabo-greleiro ou Grelo-de-nabo
Família: Brassicaceae (anterior Cruciferae)
Origem: Ásia Central (O Mediterrâneo constituiu um
centro de desenvolvimento, espalhando a planta por toda a Europa)
07-11-2014 |
Os nabos, as nabiças e os grelos de nabo são estádios de desenvolvimento
diferentes da mesma espécie botânica. Hoje em dia temos variedades selecionadas
e melhoradas para o aproveitamento de cada parte da planta.
Esta é uma planta herbácea,
bienal cultivada como anual. O nabo
é a sua raiz carnuda que pode assumir várias formas consoante as cultivares: arredondada, achatada, cônica ou oval, pode ter uma coloração uniforme ou ser
bicolor, sendo o branco e o roxo as cores mais comuns. A cor interna pode ser
branca ou amarelada. As nabiças são
as suas folhas, estas estão dispostas em roseta, são verde-escuras,
rugosas, ásperas e pubescentes. As suas inflorescências são compostas por
várias flores, de corola amarela, estas encontram-se agrupadas numa haste
floral que resulta do alongamento dos entrenós do caule. Os grelos-de-nabo são os seus botões
florais, ou seja, o rebentar das suas inflorescências. O seu fruto é uma
síliqua (característica das brássicas) que contém no seu interior as sementes.
03-06-2013 |
16-01-2014 |
03-12-2014 |
Propriedades e utilizações: Os nabos são ricos em vitaminas
A, B1 e C, contêm algum sódio, cálcio, ferro, fósforo e outros minerais
essenciais. Quando cozidos são diuréticos. Atuam como expectorante natural,
ajudando a limpar as vias respiratórias. Podemos usar o caseiro “xarope de nabo”
que é conhecido por ajudar a combater tosses e bronquites (quando há
necessidade de eliminar a expectoração dos pulmões).
12-11-2014 |
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09-11-2014 |
As cabeças de nabo são geralmente consumidas
cozidas, mas também podem ser consumidas cruas, especialmente se forem raladas.
Podem ser usadas em sopas, cozidos e saladas.
Há variedades de maior
tamanho que se destinam à alimentação do gado.
28-01-2014 |
Cultivo: Particularmente indicado como cultura de
inverno, pois prefere climas frescos e húmidos (já que em condições de baixa
percentagem de humidade atmosférica a floração é precoce e as raízes são mais
finas e fibrosas). Tradicionalmente a sementeira faz-se no local definitivo, assim
que caem as primeiras chuvas em setembro (ou, como defendem os mais antigos,
no dia de São Bartolomeu). Semeia-se a uma profundidade de
aproximadamente 0,5 cm no solo. A germinação das sementes é rápida. Estas têm uma duração germinativa de 4 a 6
anos.
07-11-2014 |
Os nabos apreciam solos mobilizados,
com elevado teor de matéria orgânica (estrume curtido), bem drenados e que
retenham água durante a fase de crescimento. Assim, o solo deve ser bem
preparado para que as raízes se possam estabelecer rapidamente e tenham à sua disposição
todos os nutrientes.
Esta cultura é muito
exigente em água, principalmente na fase de engrossamento das raízes. As
plantas apreciam locais com boa luminosidade. Devemos evitar altas temperaturas
e geadas intensas. Durante o seu desenvolvimento podemos proceder ao desbaste
(aproveitando as plantas novas como nabiças), mondas e sachas (caso seja
necessário). Os nabos são atacados pelas mesmas doenças das crucíferas onde o
preparado de cavalinha poderá ser uma boa ajuda. Em relação às pragas
destacam-se a áltica, mosca da couve, insetos de solo, lagartas, lesmas e
caracóis, onde podemos usar, como meio preventivo, o preparado de urtigas ou o mulching com folhas aromáticas como o
alecrim e a hortelã. Podemos fazer associações em linhas intercaladas com
alfaces, cenouras e ervilhas.
A colheita dos nabos é
realizada entre 40 e 80 dias após a sementeira, dependendo do cultivar
utilizado e das condições de cultivo.
07-11-2014 |
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Curiosidades: No século XVII, Carolus Linnaeus classificou duas espécies diferentes de nabo, B. rapa e B. campestres, e no século XX, os taxonomistas concluíram que estas pertenciam à mesma espécie, adotando um único nome: Brassica rapa; Existiram também algumas confusões na sua classificação, confundindo-se esta cultura com a rutabaga ou nabo-da-Suécia (Brassica napus); Os romanos conheciam diferentes variedades de nabos e esta cultura era muito utilizada, tendo sido um alimento básico na Europa antes da introdução da batata; Devido à grande produção e ao baixo custo, os nabos tornaram-se um alimento associado aos pobres, pelo que era evitado na dieta da nobreza.
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