quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nabo


07-11-2014
Nome científico: Brassica rapa L. var. rapa
Sinonímia: Brassica campestris rapa
Nome comum: Nabo, Nabiça, Nabo-greleiro ou Grelo-de-nabo
Família: Brassicaceae (anterior Cruciferae)
Origem: Ásia Central (O Mediterrâneo constituiu um centro de desenvolvimento, espalhando a planta por toda a Europa)

07-11-2014
Os nabos, as nabiças e os grelos de nabo são estádios de desenvolvimento diferentes da mesma espécie botânica. Hoje em dia temos variedades selecionadas e melhoradas para o aproveitamento de cada parte da planta.

Esta é uma planta herbácea, bienal cultivada como anual. O nabo é a sua raiz carnuda que pode assumir várias formas consoante as cultivares: arredondada, achatada, cônica ou oval, pode ter uma coloração uniforme ou ser bicolor, sendo o branco e o roxo as cores mais comuns. A cor interna pode ser branca ou amarelada. As nabiças são as suas folhas, estas estão dispostas em roseta, são verde-escuras, rugosas, ásperas e pubescentes. As suas inflorescências são compostas por várias flores, de corola amarela, estas encontram-se agrupadas numa haste floral que resulta do alongamento dos entrenós do caule. Os grelos-de-nabo são os seus botões florais, ou seja, o rebentar das suas inflorescências. O seu fruto é uma síliqua (característica das brássicas) que contém no seu interior as sementes.
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Propriedades e utilizações: Os nabos são ricos em vitaminas A, B1 e C, contêm algum sódio, cálcio, ferro, fósforo e outros minerais essenciais. Quando cozidos são diuréticos. Atuam como expectorante natural, ajudando a limpar as vias respiratórias. Podemos usar o caseiro “xarope de nabo” que é conhecido por ajudar a combater tosses e bronquites (quando há necessidade de eliminar a expectoração dos pulmões).
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09-11-2014
As cabeças de nabo são geralmente consumidas cozidas, mas também podem ser consumidas cruas, especialmente se forem raladas. Podem ser usadas em sopas, cozidos e saladas.
Há variedades de maior tamanho que se destinam à alimentação do gado.

28-01-2014
Cultivo: Particularmente indicado como cultura de inverno, pois prefere climas frescos e húmidos (já que em condições de baixa percentagem de humidade atmosférica a floração é precoce e as raízes são mais finas e fibrosas). Tradicionalmente a sementeira faz-se no local definitivo, assim que caem as primeiras chuvas em setembro (ou, como defendem os mais antigos, no dia de São Bartolomeu). Semeia-se a uma profundidade de aproximadamente 0,5 cm no solo. A germinação das sementes é rápida. Estas têm uma duração germinativa de 4 a 6 anos.
07-11-2014
Os nabos apreciam solos mobilizados, com elevado teor de matéria orgânica (estrume curtido), bem drenados e que retenham água durante a fase de crescimento. Assim, o solo deve ser bem preparado para que as raízes se possam estabelecer rapidamente e tenham à sua disposição todos os nutrientes.
Esta cultura é muito exigente em água, principalmente na fase de engrossamento das raízes. As plantas apreciam locais com boa luminosidade. Devemos evitar altas temperaturas e geadas intensas. Durante o seu desenvolvimento podemos proceder ao desbaste (aproveitando as plantas novas como nabiças), mondas e sachas (caso seja necessário). Os nabos são atacados pelas mesmas doenças das crucíferas onde o preparado de cavalinha poderá ser uma boa ajuda. Em relação às pragas destacam-se a áltica, mosca da couve, insetos de solo, lagartas, lesmas e caracóis, onde podemos usar, como meio preventivo, o preparado de urtigas ou o mulching com folhas aromáticas como o alecrim e a hortelã. Podemos fazer associações em linhas intercaladas com alfaces, cenouras e ervilhas.
A colheita dos nabos é realizada entre 40 e 80 dias após a sementeira, dependendo do cultivar utilizado e das condições de cultivo. 
07-11-2014
07-11-2014
07-11-2014

Curiosidades: No século XVII, Carolus Linnaeus classificou duas espécies diferentes de nabo, B. rapa e B. campestres, e no século XX, os taxonomistas concluíram que estas pertenciam à mesma espécie, adotando um único nome: Brassica rapa; Existiram também algumas confusões na sua classificação, confundindo-se esta cultura com a rutabaga ou nabo-da-Suécia (Brassica napus); Os romanos conheciam diferentes variedades de nabos e esta cultura era muito utilizada, tendo sido um alimento básico na Europa antes da introdução da batata; Devido à grande produção e ao baixo custo, os nabos tornaram-se um alimento associado aos pobres, pelo que era evitado na dieta da nobreza.

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