sexta-feira, 29 de junho de 2012

Visitantes: Borboleta da couve

Esta borboleta, a Borboleta branca da couve, já foi mencionada aqui, aquando da visita da sua lagarta.

Agora a visita da borboleta…
25-06-2012
26-06-2012
26-06-2012
27-06-2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Favas

06-05-2012
Nome científico: Vicia faba
Nome comum: Fava, Faveira
Família: Fabaceae (anterior Leguminosae)
Origem: É incerta, admitindo-se a região do Cáspio e o Norte de África

A Fava (Faveira) é uma planta herbácea e anual que pertence às leguminosas, pois as suas sementes estão reunidas em vagens. O seu porte é ereto, pouco ramificado, com caules fortes, parcialmente ocos que podem atingir em média 120 cm de altura. São compostos por uma folhagem abundante e de cor verde. Nas suas raízes, tal como nas restantes leguminosas, existem nodosidades que têm a capacidade de fixar diretamente o azoto da atmosfera.

Propriedades e utilizações:
06-05-2012
A fava é cultivada pelas suas sementes que se consomem frescas, secas ou germinadas. Estas são muito utilizadas na confeção de vários pratos culinários, como guisados e sopas. A sua semente seca pode ser incorporada em alimentos compostos para animais e dela extrai-se uma farinha que pode ser usada no fabrico de pão.
Há quem sugira que se optarmos por conservar as favas através da congelação, devemos escaldá-las primeiro, pois ao que parece ficam mais tenras. 
16-01-2012
Possui propriedades medicinais, por exemplo: o cozimento das sumidades e dos ramos (30 a 60 por 1000) usa-se como diurético e nos problemas de reumatismo, do fígado e pele. A infusão de flores (25 a 50 por 1000) é calmante, ajuda a aliviar o reumatismo e problemas renais.
Tal como outras leguminosas, a faveira tem a capacidade de enriquecer o solo em que é cultivada e é um excelente adubo verde. Depois de colhidas as vagens, a planta é cortada para que as suas raízes continuem a enriquecer a terra e enterrada como adubo ou dada ao gado. Existe, ainda uma variedade anã frequentemente utilizada como cultura intercalar para adubação verde.
20-03-2012

Cultivo: É uma planta bastante rústica e adaptada ao clima mediterrâneo. Não é exigente quanto ao tipo de solo, mas ressente-se dos terrenos muito húmidos e da seca. Isto porque, terrenos alagados durante algum tempo impedem a circulação do ar junto das raízes e temperaturas altas estagnam o seu desenvolvimento.
Podemos semear as favas em terrenos pobres ou anteriormente utilizados em culturas exigentes (milho, couve, girassol ou cereais), uma vez que o solo vai ser enriquecido por esta cultura.
Há um ditado popular que diz “No natal já abana o faval”, sugerindo que o tempo de sementeira poderá ser a partir de outubro ou novembro. No entanto, se chover em setembro podemos semeá-las.
20-03-2012
A sementeira é direta e faz-se a cerca de 5 cm do solo, em linha ou covacho. As linhas devem ser espaçadas, de forma a permitir a penetração do sol, a circulação do ar e o crescimento rápido da planta para evitar (o quase inevitável) piolho negro. Os covachos devem ser distanciados de 30 a 40 cm e semeamos três ou quatro sementes em cada um. Ao crescerem, as plantas vão formar um tufo e, assim, amparar-se.
Durante a sementeira, devemos colocar cinzas de madeira no solo, pois apesar das favas serem leguminosas e não necessitarem de azoto, precisam de outros nutrientes.
07-04-2012
Convém sachar as favas ao atingirem dez centímetros de altura, para eliminar a concorrência das ervas. Ao mesmo tempo, devemos fazer uma amontoa junto ao pé para reter a água, suster o tufo de plantas e protegê-las contra as geadas. Se as geadas forem extremas podem queimar as folhas, mas não queimarão o caule enterrado que reage com o aumento de temperatura e se desenvolve rapidamente.
Quando for necessário, devemos regar as favas sem molhar as suas folhas e depois efetuar uma sacha com amontoa e cobertura.
Costuma-se fazer a desponta da faveira acima do sexto andar de flores, pois assim as florações inferiores crescem melhor e as hastes tornam-se mais robustas. 
Esta planta multiplica-se por semente. A vagem pode secar na planta se o tempo estiver seco ou colhe-se para secar à sombra. Devemos escolher as favas melhores e antes de armazená-las, podemos desinfetá-las, levando-as ao congelador durante quarenta e oito horas, no mínimo. Depois secam-se novamente e armazenam-se em recipientes de lata ou vidro num lugar seco, escuro e fresco.
07-04-2012

Pragas e doenças
O piolho negro (Aphis fabae) é a praga mais comum nas favas, uma vez que são plantas muito vulneráveis aos afídios, também chamados de pulgões ou piolhos. Estes insetos diminutos alimentam-se da seiva de plantas e, no caso da fava, atingem as pontas viçosas das faveiras sufocando-as e parando o seu desenvolvimento. A desponta e o preparado de urtiga servem de prevenção/combate contra estes ataques. Sem esquecer que as joaninhas são os grandes predadores dos afídios.
A ferrugem e o míldio combatem-se preventivamente com o preparado de cavalinha e evitando colher as favas durante o período húmido. No caso da podridão ou pé negro (uma bactéria que provoca a quebra e destruição da faveira) e do parasita vegetal, Orobanche crenata,  só nos resta parar a cultura e evitá-la, no mesmo terreno, durante pelo menos 3 anos.

06-05-2012
Curiosidades: A fava cultiva-se desde a Pré-História e, hoje em dia, é cultivada em todos os continentes; Durante a Idade Média, constituía a reserva de alimentação para o inverno (com as outras leguminosas), isto antes do aparecimento da batata; O consumo excessivo de favas pode causar uma doença denominada de favismo; A expressão “são favas contadas”, que se refere a algo dado como certo, teve a sua origem no fato das eleições/votações serem realizadas com favas (brancas e pretas). No final, contavam-se as favas e ganhava aquele que obtivesse o maior número de favas brancas;
06-05-2012
Existem várias variedades de favas, como por exemplo a Fava Água Doce “Aguadulce” (precoce, de vagens longas e sabor delicado), a Algarvia (muito precoce e de vagens curtas) e a Cornicha (precoce e de vagens compridas, mais usada a norte do Tejo). Existem ainda variedades forrageiras e variedades indicadas para adubação verde.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Abélia

10-06-2012
Nome Científico: Abelia x grandiflora
Sinonímia: Abelia rupestris var. grandiflora
Nome comum: Abélia
Família: Caprifoliaceae
Origem: Ásia

A Abélia é um arbusto perene muito florífero e bastante ramificado que pode ser facilmente conduzido como trepadeira. Produz numerosas flores ovaladas, brilhantes, brancas e rosadas durante todo o verão e outono. 
É uma planta ornamental que pode ser plantada em sebe, sozinha ou misturada com outras plantas.

26-06-2012
Cultivo: Deve ser plantada a pleno sol ou meia sombra. Prefere um solo fértil, húmido e bem drenado, apreciando regas regulares. É uma planta rústica depois de estabelecida, pois suporta verões quentes e invernos rigorosos. Requer uma poda após a floração, removendo ramos velhos, fracos e secos. Multiplica-se por estacas.

Curiosidades: A Abelia x grandiflora teve origem na hibridização de A. chinensis com a A. Uniflora; A floração prolongada da Abélia e o perfume delicado das suas flores atraem abelhas.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Coentros

20-03-2012
Nome científico: Coriandrum sativum
Nome comum: Coentro(s) 
Família: Apiaceae (anterior Umbelliferae)
Origem: provavelmente da Região Mediterrânea

O Coentro é uma planta anual e herbácea, com uma altura média de 50cm. Apresenta ramos delicados e ramificados, compostos por folhas verdes e bastante aromáticas. As suas flores são pequenas, de cor branca ou rosada, e surgem em inflorescências do tipo umbela. Depois das flores, seguem-se os frutos globulosos, de cor castanha amarelada e do tamanho de grãos de pimenta, que são erradamente chamados de sementes. Estes frutos são diaquénios, pelo que as sementes estão dentro deles.
20-03-2012
Os coentros são muito conhecidos por condimentar diferentes preparações culinárias. As suas folhas frescas são, provavelmente, a erva aromática mais utilizada no mundo.

02-05-2012
Cultivo: Os coentros adaptam-se às mais diversas condições, no entanto preferem solos ricos, profundos e com boa drenagem. Apreciam um local protegido mas solarengo. Podemos fazer várias sementeiras ao longo da primavera e outono. Requerem água abundante e sacha periódica do solo, durante a fase de crescimento. O excesso de azoto atrasa o amadurecimento das sementes, pelo que deve ser evitado caso a cultura tenha esse objetivo. Multiplicam-se por sementes e a germinação acontece, normalmente, uma semana após a sementeira.

Usos e propriedades:
Na culinária
Todas as partes da planta são comestíveis, mas as folhas frescas e as sementes secas são as partes mais comumente utilizados e, curiosamente, apresentam sabores diferentes.
25-06-2012
As folhas frescas são utilizadas para temperar e adornar sopas, saladas, pratos de peixe, marisco, aves, feijão, legumes, arroz, massas e molhos e saladas. As suas flores adaptam-se a uma grande e diferente variedade de pratos, tal como as suas folhas. Podem ser utilizadas no final de um refugado,  adicionadas a um molho ou sobre uma salada de frutas, por exemplo. As sementes servem para aromatizar pães, biscoitos, carnes, licores, vinagres e vários tipos de conservas (como linguiças, salsichas e pickles).
As raízes também são utilizadas, mas, normalmente, só na culinária asiática.
25-06-2012
Para conservar coentros, o ideal será congelar folhas viçosas, uma vez que com a secagem perdem quase todo o sabor.

Propriedades medicinais:
Os coentros não devem ser ingeridos em doses elevadas nem constantemente (como todas as plantas com propriedades medicinais!). São digestivos, antissépticos e calmantes. As suas sementes são um excelente digestivo quando mastigadas depois da refeição e ajudam a eliminar o mau-hálito. O chá de coentros ajuda a tirar as toxinas do corpo. A infusão pode ser feita com folhas ou sementes (30:1.000).

Na horta:
01-05-2012
As delicadas e melíferas flores dos coentros fazem lindos canteiros e atraem insetos úteis (como as abelhas) para as plantas da horta e do jardim;
O forte aroma das folhas e sementes frescas dos coentros pode ser prejudicial a algumas plantas. Inibe o funcho, no entanto favorece o anis;
Os coentros têm a reputação de afastar os afídios e de lhes ser imune. (Para experimentar: Esmagar 200 gramas de folhas de coentro num 1 litro de água e pulverizar as plantas para afastar ácaros e pulgões.)

25-06-2012
Curiosidades: Os coentros eram utilizados pelos antigos egípcios para embalsamar os corpos; Os chineses acreditavam nos poderes de imortalização dos coentros; Na Idade Média eram colocados em poções de amor, como afrodisíaco. Ao que parece as suas sementes secas têm efeitos estimulantes, especialmente nas mulheres, todavia nos homens pode causar efeitos opostos; São ricos em antioxidantes; Das sementes bem secas extrai-se um óleo essencial muito valioso que se usa como aromatizante de alimentos e no fabrico de perfumes e sabão, por exemplo.

sábado, 23 de junho de 2012

Beldroega

06-06-2012
Nome científico: Portulaca oleracea
Nomes comuns: Beldroega, “Baldroega”
Família: Portulacaceae

A Beldroega é uma planta anual, herbácea, prostrada e rasteira. Possui folhas pequenas, carnudas, suculentas, arredondadas e de cor verde ou avermelhada. As suas flores só abrem quando há sol.
Esta planta é espontânea em Portugal e é, por muitos, considerada uma erva daninha. No entanto, é comestível e tem algumas propriedades medicinais.
12-06-2012
Cultivo: Não apresenta grandes exigências particulares no seu cultivo, pois encontra-se espontaneamente nos terrenos cultivados, nas hortas e nas margens dos rios. Quando floresce, as suas sementes caem ao solo e nascem novas plantas na primavera (ou verão) seguinte.

Curiosidades: A Beldroega é uma planta muito rica, do ponto de vista nutricional. Contém vitaminas (A, B1, C), ómega 3 e ferro, o que é curioso numa planta composta por tanta água; É considerada uma planta muito refrescante; 
06-06-2012
As folhas jovens podem ser consumidas em saladas. As folhas mais velhas podem ser usadas para sopas, esparregado ou refogados, por exemplo. Há quem use os talos para infusões;

Tem propriedades medicinais, sendo emoliente, diurética, depurativa e vermífuga; Podemos esmagar as folhas e os talos, colocar essa mistura sobre queimaduras e nas picadas de insetos para aliviar a dor e/ou prurido e ajudar na cicatrização;
23-06-2012
Devido aos seus benefícios, alguns criadores de aves incluem as Beldroegas na alimentação dos seus animais; É considerada uma erva daninha pela sua facilidade em se reproduzir, ao que parece uma planta consegue produzir um milhão de sementes; Na horta, devia ser considerada uma planta companheira, por exemplo do milho ou da soja, pois cobre o solo mantendo-o mais fresco e húmido.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Visitantes: Borboleta Bela Dama


21-06-2012
Nome científico: Vanessa cardui
Nomes comuns: Bela-dama, Vanessa-dos-Cardos, Borboleta-dos-Cardos
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae

21-06-2012
A bela-dama é uma borboleta diurna bastante comum em Portugal, podendo ser observada em todo o território. Podemos identificá-la através dos “salpicos” pretos e brancos nos tons alaranjados das suas asas.
É a borboleta mais difundida por todo o mundo, migrando para qualquer zona de clima temperado, na primavera e, por vezes, no outono.
As lagartas alimentam-se, preferencialmente, de cardos, malvas e urtigas. As borboletas sugam o néctar de uma grande variedade de flores, silvestres ou cultivadas, preferindo as flores dos cardos e da família Asteraceae.

21-06-2012
21-06-2012
Curiosidades: A borboleta bela-dama quando adulta é muito móvel, estimando-se que percorra cerca de 1 600 km ao longo da sua vida; O seu nome comum Vanessa ou Borboleta dos Cardos está relacionado com a sua preferência (tanto em lagarta como em borboleta) pelos cardos; Na Europa é denominada de Painted Lady.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Budleia

10-06-2012

Nome científico: Buddleja davidii
Nomes comuns: Budleia, Flor-do-Mel, Arbusto-das-Borboletas
Família: Scrophulariaceae          
Origem: China

A planta conhecida como budleia é um arbusto vigoroso e de crescimento rápido como folhagem caduca ou semi-caduca. As suas folhas são verde-acinzentada, alongadas e inteiras. As suas inflorescências nascem na ponta dos ramos, são muito perfumadas e compostas por pequenas flores que podem ser roxas, brancas, rosas ou vermelhas. 
É uma planta ornamental que atrai borboletas e abelhas. Pode ser plantada em isolado, em grupo ou misturado nas sebes vivas.

Cultivo: É uma planta de crescimento rápido que exige poucos cuidados. Aprecia uma exposição plena ao sol. Adapta-se a todos os tipos de solo, mas prefere solos férteis e bem drenados. Precisa de rega moderada, sendo capaz, depois de estabelecida, de tolerar períodos de seca. 
Após a floração, a planta necessita de uma poda profunda para permitir a germinação de novos ramos. Multiplica-se por estacas.

17-04-2012
16-11-2012
21-06-2012
Curiosidades: Para realizar a sua polinização, as flores da budleia atraem borboletas e abelhas com ao seu delicado e doce aroma; O nome do género, Buddleja, é uma homenagem ao Inglês botânico inglês Adam Buddle, que viveu no século XVIII.
21-06-2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Violeteira

Nome científico: Duranta repens
01-12-2011
Sinonímia: Duranta erecta
Nomes comuns: Violeteira, Duranta
Família: Verbenaceae
Origem: América Central e América do Sul

20-06-2012
A Violeteira é um arbusto perene e muito vigoroso que pode ser conduzido como trepadeira. Os seus ramos são muito ramificados e as suas folhas são pequenas, persistentes e com os bordos serrilhados. A sua floração é abundante e de cor roxa, azulada e branca, sendo seguida de bagas amarelas que atraem os pássaros. É uma planta ornamental frequentemente utilizada em pérgolas e sebes.

06-06-2012
Cultivo: Deve ser cultivada em pleno sol, apesar de tolerar a sombra parcial. Aprecia solo fértil e enriquecido com matéria orgânica. Necessita de regas moderadas e de podas de formação. É considerada uma planta de desenvolvimento rápido. Pode apresentar espinhos, pelo que deve ser manuseada com luvas e algum cuidado. Multiplica-se por estaquia e por sementes.

Curiosidades: As vistosas flores da Violeteira atraem borboletas e beija-flores para o jardim; As suas folhas e bagas se ingeridas são tóxicas para mamíferos, mas as aves podem deliciar-se à vontade.
20-06-2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

Lippia alba

30-05-2012
Nome científico: Lippia alba
Nomes comuns: Erva-cidreira de Arbusto, Falsa-cidreira, Cidreira-brava, Erva-cidreira de Folha, Erva-cidreira do Brasil, Falsa-Melissa, Lípia
Família: Verbenaceae
Origem: América do Sul

A Erva-cidreira de Arbusto é um subarbusto perene muito ramificado e aromático. Apresenta ramos finos, alongados e quebradiços. As suas folhas são inteiras, opostas, ovadas ou oblongas, pubescentes e serreadas. As suas flores são pequenas, lilases e amareladas.
06-06-2012
A Erva-cidreira de Arbusto é muito confundida com a verdadeira Erva-cidreira (Melissa officinalisPlanta já mencionada aqui...São plantas distintas que nem pertencem à mesma família e que, apesar de ambas possuírem propriedades medicinais, também estas são diferentes.

06-06-2012
Cultivo: Deve ser cultivada num solo rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Não tolera excesso de calor ou frio. É uma planta sensível a geadas, mas consegue rebrotar quando a temperatura aumenta na primavera. Multiplica-se, facilmente, por estaquia.

Curiosidades: É uma planta melífera e o seu perfume é agradável, distinto e exótico; É usada para conservar e proteger o solo da erosão; A Erva-cidreira de Arbusto possui propriedades medicinais, sendo carminativa, analgésica, digestiva e sedativa. Só as suas folhas é que são utilizadas (para chás usamos uma colher de sopa de folhas frescas para cada 500 ml de água).

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Visitantes: Perdiz

12-01-2012
Nome científico: Alectoris rufa
Nomes comuns:
Perdiz-comum, 
Perdiz-vermelha
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae

A perdiz é uma ave terrestre de aspeto galináceo. A sua plumagem é composta por tons de cinzento, preto, branco e ruivo. Possui garganta branca orlada de negro, ventre ruivo, bico e patas de cor vermelha. Os juvenis, chamados de perdigotos, são acastanhados.
12-01-2012
É uma espécie residente, que pode ser observada em Portugal durante todo o ano. Prefere zonas agrícolas de sequeiro, pastagens e matos dispersos, onde existam pontos de água durante o período mais quente do ano. 
A dimensão do seu território varia consoante a disponibilidade de alimento, água e abrigo.
A sua alimentação é, essencialmente, insetívora no primeiro mês de vida. Depois evolui, passando a englobar quase só produtos de origem vegetal, tais como: grãos (trigo, cevada, aveia), folhas, rebentos, bagas, flores e raízes de uma grande variedade de plantas.

13-06-2012
Curiosidades: É uma espécie monogâmica que constrói o seu ninho no chão, com o fundo simplesmente coberto de plantas secas, junto a tufos de ervas, debaixo de ramos secos ou mesmo junto a linhas de água ou caminhos;
Os perdigotos abandonam o ninho pouco tempo após o nascimento, permanecendo a ninhada junto da fêmea e acompanhando-a à procura de alimento. Nesta fase, as perdizes vivem em bandos constituídos pelo perdigão, perdiz e perdigotos;
A maior defesa da perdiz é confundir-se com o meio que a rodeia (camuflagem ou mimetismo). Geralmente, não usa o voo como meio de fuga, preferindo correr e esconder-se. O voo é utilizado como último recurso, quando acontece é curto, rasteiro e, normalmente, até uma zona com mato mais denso onde se possa esconder;
13-06-2012
As fêmeas, quando acompanhadas pelos perdigotos, têm uma atitude de defesa extraordinária, ou seja, de forma ruidosa chamam sobre si as atenções dos predadores que deixam os perdigotos fugir (e há quem acredite que os perdigotos quando ameaçados rapidamente se escondem, ficando com as pernas para cima para se confundirem com o meio ambiente). Passado o perigo a progenitora regressa e emite sons muito apelativos reunindo o bando;
Os seus principais predadores são a raposa, o ginete, o gato-bravo, algumas aves de rapina, o javali e os corvídeos, estes últimos predando principalmente os ninhos e perdigotos.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Milefólio

06-06-2012
Nome científico: Achillea millefolium
Nomes comuns: Milefólio, Mil-em-rama, Mil-folhas, Milfolhada, Erva-dos-carpinteiros
Família: Asteraceae (Compositae)
Origem: Europa e Ásia Ocidental

O Milefólio é uma planta herbácea perene que produz um ou vários caules, podendo atingir entre 30 a 60 cm de altura. Os múltiplos recortes das suas folhas dão origem ao seu nome comum. A flor mais habitual é a de cor branca, mas existe também em rosa e púrpura.
É uma planta aromática e medicinal, que atualmente está a ser muito usada no jardim e na horta. Esta planta ocorre em toda a Europa, incluindo Portugal e pode ser encontrada, geralmente, em sítios húmidos como prados, clareiras de bosques caducifólios, baldios e margens de linhas de água.

20-02-2012
Cultivo: Adapta-se a qualquer tipo de solo, mas prefere solos arenosos, leves e bem drenados (para evitar a podridão radicular). Aprecia uma posição ensolarada, mas tolera a sombra. Quando a planta já está estabelecida é resistente à seca e a temperaturas baixas. O Milefólio tem uma vida relativamente curta, que pode ser prolongada através da divisão da planta. Multiplica-se por sementes e divisão da planta.
Curiosidades: Muitos povos da Antiguidade consideravam o Milefólio uma planta sagrada; O seu nome científico, Achillea, deriva do herói grego Aquiles, pois este durante a guerra curava os soldados feridos, estancando-lhes o sangue com esta planta.

Na culinária, as folhas e flores jovens são utilizadas em saladas ou como condimento; Utilizam-se também para fazer um chá aromático.

06-06-2012
Possui várias propriedades medicinais, tais como: adstringente, anti-inflamatório, antisséptico, antiespasmódico, carminativo, diurético, estimulante circulatório, febrífugo, hemostático, hipotenso, sedativo e tónico digestivo; Esfregado na pele pode repelir insetos; Em forma de líquido serve para limpeza bucal ou garganta inflamada; Pode ser usado em cataplasma para picadas de aranha.
Como qualquer outra planta, devemos ter em atenção o seu uso prolongado e excessivo. No caso do Milefólio, este pode causar erupções cutâneas alérgicas ou levar à fotossensibilidade em algumas pessoas.

06-06-2012
Na horta: O Milefólio é considerado uma planta companheira, uma vez que melhora a saúde das plantas que crescem perto de si e torna-as mais resistentes à predação de insetos; Repele alguns insetos prejudiciais, tais como besouros, formigas e moscas e, ao mesmo tempo, é capaz de atrair insetos benéficos e úteis, como por exemplo as joaninhas; É uma fonte importante de néctar para abelhas e vespas; É uma planta que pode ser usada na cobertura do solo, pois melhora a sua fertilidade; O seu chorume fermentado facilita e acelera a compostagem; Reforça os preparados fungicidas muito usados em agricultura biológica. Para isso, devemos usar 20g de folhas secas para 1 litro de água e deixar macerar durante 24 horas, depois misturar em 9 litros de preparado fungicida.
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