sexta-feira, 20 de março de 2015

Margarida do Monte


19-03-2015
Nome científico: Bellis perennis
Nomes comuns: Margarida-do-monte, Bonina, Margarida-dos-prados, Margarida-menor, Bela-margarida,  Margarida-inglesa (English daisy)
Família: Asteraceae (ou Compositae)
Origem: Europa

22-02-2015
A margarida-do-monte é uma planta herbácea e perene (apesar de ser tratada como anual ou bianual) com cerca de 20 cm de altura. As suas folhas são verdes, carnosas, com margens serradas pubescentes e dispostas em roseta basal. As suas inflorescências despontam acima da folhagem e são do tipo capítulo (flores num disco central, rodeadas de outras flores estéreis, vulgarmente e impropriamente chamadas de pétalas). As suas flores, simples ou dobradas, têm delicadas “pétalas” que podem ser brancas, rosa ou até vermelhas. É uma planta bastante florífera e com um longo período de floração (desde o fim do inverno até ao fim do verão).

22-02-2015
02-03-2015
Cultivo: Deve ser cultivada em pleno sol ou meia-sombra. Apesar de não ser exigente quanto ao tipo de solo prefere solos férteis e húmidos. Durante o período de crescimento aprecia regas abundantes. O clima frio estimula a floração, mas a planta não tolera geadas fortes, devendo ser protegida com palha ou outro tipo de mulching. Devemos remover as flores quando estiverem secas para estimular novas florações. Devemos estar atentos aos caracóis e às lesmas, pois alimentam-se da planta. Multiplica-se por sementes e por divisão dos estolhos.

Propriedades e utilizações: A Bellis perennis é conhecida desde o Renascimento devido às suas propriedades medicinais, no entanto foi abolida na Alemanha, no final do século XVIII, acusada de ser abortiva. É considerada adstringente, cicatrizante, expetorante, anti-inflamatória, emoliente e depurativa. Pode ser usada no tratamento de eczemas, queimaduras, inflamações da pele, dores articulares, gota, reumatismo, afeções respiratórias, afeções digestivas e tosses. Algumas formas medicinais de usar a planta (retiradas daqui):
22-02-2015
22-02-2015
“- compressas das folhas e/ou capítulos florais amassados, aplicadas no lugar da dor;
- infusão de 15g de capítulos florais secos e/ou folhas em 500 ml de água, por vinte minutos ou macerado a frio. Tomar de 2 a 4 chávenas por dia;
- infusão de 20 g de flores em 1 litro de água fervente. Tomar 1 a 2 chávenas ao dia;
- infusão para uso externo de 50 gramas de flores e folhas em 1 litro de água a ferver. Fazer gargarejos, lavagens, compressas, banhos anti-inflamatórios para tumores, úlceras e feridas.”

A margarida-do-monte é comestível. As suas folhas jovens (pois com o tempo tornam-se adstringentes) podem ser comidas cruas em saladas ou cozidas. Os botões florais e as pétalas podem ser usados crus em saladas e na decoração de outros pratos.
Podemos, ainda, usar as suas flores na realização de colares naturais ou como flor-de-corte em arranjos e bouquets.
No jardim, é usualmente utilizada em bordaduras e maciços, assim como em vasos e floreiras.

05-03-2015
19-03-2015
Curiosidades: O nome do género, Bellis, tem origem no termo em latim “bellus” que significa bonito. No entanto alguns autores acreditam que deriva de “bellum” que significa guerra em referência ao facto das suas folhas ajudarem a curar feridas e contusões; Existem três espécies: a Bellis sylvestris, conhecida como margarida-do-monte, como o próprio nome indica é silvestre/ espontânea e apresenta folhas e flores maiores do que as duas espécies seguintes, a Bellis annua, designada de margarida-menor, tem um ciclo de vida anual e a Bellis perennis, mais conhecida por bonina, é perene e a mais difundida pelo mundo.

Nota: Obrigado, Helena!

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