Fisális

19-08-2011

Nome científico: Physalis peruviana

Nomes comuns: Fisális, Fisalis, tomate-capuchinho, tomate-capucho, tomate-de-capuz, tomate-lagartixa, “golden berry” (baga dourada)

Família: Solanaceae

Origem: América do Sul (Peru, Colômbia e Equador)

Fisális é uma planta perene, mas que por ser sensível às geadas pode ser cultivada como anual. Apresenta um porte arbustivo muito ramificado e pode atingir 1,5 metros de altura. As suas folhas são aveludadas e triangulares. As suas flores solitárias e axilares são hermafroditas e, por isso, facilmente polinizadas por insetos, pelo vento ou por autopolinização. O seu fruto é uma pequena baga, redonda, carnuda e alaranjada que se encontra no interior de um cálice formado por cinco sépalas que quase pode ser comparado a um saco de papel ou a um capuz.

29-05-2011

10-11-2012

Cultivo: Deve ser cultivado numa posição abrigada em pleno sol ou meia sombra. Aprecia um solo leve, fértil, bem drenado e húmido, pelo que a irrigação  deve ser regular mas sem encharcamentos. Se o solo for excessivamente enriquecido com matéria orgânica ocorre uma elevada produção de folhas atrasando e diminuindo a produção de frutos. 
Caso não esteja protegida, a planta é sensível às geadas e ao frio intenso, podendo perder a sua parte aérea. 
Multiplica-se facilmente por sementes que devem ser semeadas no início da primavera.

Propriedades e utilizações: Os frutos, também chamados de fisális, têm um característico sabor agridoce. São ricos em vitaminas (C e A, por exemplo), minerais, proteínas e fósforo. Há alguns estudos que indicam que são diuréticos, antioxidantes, baixos em calorias e que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

25-10-2012

11-12-2012

25-10-2012

Na culinária, podemos consumir os fisális ao natural ou usá-los na preparação de doces, geleias, bolos, saladas de fruta, gelados, licores ou sumos. Podemos usá-los também em molhos de saladas e carnes, sendo uma ótima combinação tanto nos pratos salgados como nos doces.

19-08-2012

19-08-2012

Outra opção passa pelo consumo dos frutos secos (como passas), apesar destes perderem algum sabor e terem de ser colhidos antes das primeiras geadas. Há algumas referências ao facto do fruto seco poder ser usado como substituto do fermento (para experimentar!) .

24-04-2015

Receita de doce/compota de fisális:

- 200 g de fisális

- 200 g de açúcar

- 100 ml de água (podemos misturar sumo de limão)

- 1 pau de canela

- casca de limão

- 1 pitada de erva doce (opcional)

Levar ao lume o açúcar, a água e os fisális e ferver lentamente por uns 15-20 minutos. Retirar e acabar de desfazer todas as frutas (mesmo com o garfo) e retomar o lume por 5-10 minutos.

25-06-2015

25-06-2015

Curiosidades: O fisális pertence à mesma família que, por exemplo, os tomates, beringelas,  batatas e pimentos. 
Logo, sendo uma solanácea devemos ter em conta a sua toxicidade característica (todas as partes da planta, exceto os frutos quando maduros); Algumas espécies de fisális, mesmo que comestíveis, são especialmente ornamentais, como por exemplo a lanterna-chinesa (Physalis alkekengi); No Brasil, a variedade nativa é a Physalis angulata, esta tem o recorte das folhas mais marcado do que a Physalis peruviana, mas as propriedades e utilizações são idênticas; O seu característico cálice tem como objetivo proteger o fruto contra insetos, aves, ventos e outras condições ambientais adversas; Consta que na Colômbia cada planta produz quantidades que podem variar entre os quatro e os dez quilos; “Physalis: o fruto que vem embrulhado!” (in jornal Público).
Nota: 1.ª atualização