02-07-2013 |
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Nós temos uma área só com
pinheiros mansos e depois temos vários pinheiros, tanto mansos como bravos, nascidos
espontaneamente e espalhados pelo terreno. Neste último caso, preocupa-nos a tal
“teoria”, pois já são várias as pessoas que nos dizem que devemos
cortar/arrancar os pinheiros!
Como “TODA A VERDADE PROVÉM DA
OBSERVAÇÃO DA NATUREZA” (Provérbio Nómada), ao observarmos um pinhal podemos
concluir que a variedade de espécies aí existentes é reduzida, mas há
plantas a viver perto dos pinheiros. Também, junto de fruteiras, especialmente
na zona do Oeste, existem pinheiros a formarem sebes contra o vento.
Então o que inibe o crescimento das plantas perto dos pinheiros? A
resposta estará no microclima criado debaixo dos pinheiros à medida que estes crescem. Isto devido:
- À sombra extrema e à falta de humidade, já que os seus ramos criam uma espécie de escudo, não deixando passar os raios de sol e a água da chuva;
- Às suas agulhas que criam uma camada espessa de mulching e tendem a tornar o solo ácido, apesar das propriedades do pH do solo se alterarem lentamente (após a queda de muitas agulhas e por muitos anos);
- Ao seu sistema
radicular que apresenta uma raiz principal e outras raízes secundárias
mais superficiais, originando uma “luta entre raízes” onde todas competem por água e nutrientes.
- À sombra extrema e à falta de humidade, já que os seus ramos criam uma espécie de escudo, não deixando passar os raios de sol e a água da chuva;
- Às suas agulhas que criam uma camada espessa de mulching e tendem a tornar o solo ácido, apesar das propriedades do pH do solo se alterarem lentamente (após a queda de muitas agulhas e por muitos anos);
- Podar alguns ramos do pinheiro
para que seja permitida a passagem de sol e chuva;
- Selecionar variedades de
plantas que crescem com pouca água, que gostem de sombra (as suculentas crescem
sem água, mas a sua floração é menor à sombra) e que apreciem solos ácidos, como
por exemplo: fetos, urzes, rosmaninhos, murtas, azáleas, rododendros mirtilos, hortênsias, camélias, vinca, heras
morangos silvestres, lírios-do-vale, gerânios, milefólio, roseiras…entre
outras.
- Utilizar as agulhas do
pinheiro como mulching e misturá-las por exemplo com adubo, estrumes,
aparas, cinzas de madeira, para que estes materiais orgânicos sejam decompostos e ofereçam alimento a todas as plantas.
arvore sempre é bom ,se é uma planta deste tipo de lugar.
ResponderEliminarhttp://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Sim, os pinheiros fazem parte das espécies florestais indígenas de Portugal e têm inúmeras vantagens.
EliminarSó que quando crescem não há muitas plantas que gostem deles! Mas nós gostamos quer seja pela sua sombra quer seja para construir uma casa na árvore :)
o Pinus é uma espécie exótica de vasta aplicação e uso comercial, mas que por sua fácil disseminação representa uma ameaça ao ecossistema nativo. O início de uma grande plantação em uma propriedade vizinha pode desencadear uma reação que em pouco tempo transforma áreas de campo, encostas pedregosas e leitos de rios em capões de pinus.
EliminarHá várias árvores do género Pinus e como todas as espécies têm vantagens e desvantagens dependendo, por exemplo, do meio em que se encontram.
EliminarAqui no blog referimos especialmente o Pinus pinaster e o Pinus pinea que são espécies do ecossistema nativo de Portugal Continental. Desta forma, não consideramos o pinheiro exótico... para nós, exótico será o eucalipto (Eucalyptus globulus)!
Um abraço
Nenhum deles é exótico. O estado do sistema em que existem em Portugal, também não é nativo. O estado a que trouxéssemos os nossos campos, que antes seriam florestas, também não é nativo. Os que tão desrespeituosamente, chamamos invasores/exóticos são apenas os sobreviventes no actual sistema. Sem eles não tínhamos tanto sequestro de gases gerados pela nossa actividade. Pois tudo o que no verão faz fotosintese neste pais é um verdadeiro guerreiro e sobrevivente.
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