25-08-2012 |
As plantas que vivem nas
zonas húmidas (quer nas margens quer no leito de um rio, por exemplo) podem-se agrupar em função da
posição que ocupam nestes habitats, já que esta condiciona, em parte, as suas
características morfológicas, fisiológicas e reprodutoras.
Em traços gerais podemos
ter as plantas ripícolas (também
chamadas de plantas ribeirinhas) que ocorrem nas margens inundáveis de cursos de
água ou as plantas aquáticas (também
denominadas de hidrófitas) que estão estreitamente ligadas ao meio aquático,
dependendo muito da água.
As zonas
ripícolas, ripárias (do latim ripa:
'margem', 'ribanceira') ou ribeirinhas são espaços abertos que correspondem
às margens dos rios (ou outros cursos ou massas de água) estabelecendo o seu
limite. Constituem a zona de transição entre o sistema terrestre da encosta e o
sistema aquático do leito, acabando por ser uma interação entre vegetação, solo
e o curso de água.
A vegetação ripícola (que
por vezes constitui a chamada galeria ripícola) é maioritariamente constituída
por plantas arbóreas e arbustivas. Estas têm um papel fundamental na estabilização
das margens dos cursos de água, uma vez que as seguram através de ação mecânica
das raízes e assim evitam e/ou diminuem os efeitos causados pela erosão da agua
nas margens dos rios. Sendo bastante importantes tanto para a conservação do
solo e dos ecossistemas terrestres quanto para a preservação da biodiversidade
dos ecossistemas aquáticos. As zonas ripícolas são importantes
para muitos animais que nelas procuram refúgio, diversidade de habitat e
abundância de água.
04-05-2013 |
15-04-2013 |
Algumas espécies ripícolas que
se situam mais próximas das margens por dependerem mais da água:
-
Amieiro, Alnus glutinosa
- Choupos, Populos alba,
Populos nigra e alguns híbridos
-
Freixo, Fraxinus angustifolia
-
Sabugueiro, Sambubus nigra
- Salgueiros, Salix
alba, Salix atrocinea, Salix
salviifolia
-
Ulmeiro, Ulmus minor (ulmeiro)
- Vidoeiro, Betula L.
Algumas espécies de zonas
relativamente frescas e húmidas (quando a presença da humidade começa a
diminuir):
- Aveleira, Corylus avellana
- Bunho, Scirpus holoschoenus
- Jarro, Arum italicum
22-09-2013 |
23-05-2013 |
- Juncos, Juncus acutus, Juncus effusus
- Loendro, Nerium oleander
- Murta, Myrtus communis
- Pilriteiro, Crataegus monogyna
- Salsaparrilha, Smilax aspera
- Silva, Rubus ulmifolius
- Tamargueira, Tamarix africana
- Tabúa-estreita, Typha angustifolia
- Tabúa-larga, Typha latifolia
Gostaríamos de ter algumas
destas plantas nas margens do nosso charco, mas pensamos que só será possível
se este se tornar permanente. Algumas leituras: Guia de Propagação de Árvores e Arbustos Ribeirinhos e Flora Aquática e Ribeirinha.
Contudo, no nosso jardim
temos uma zona com problemas de drenagem, principalmente devido às chuvas do inverno. Pelo que necessitamos de plantas que se adaptem a locais ensolarados, mas de humidade acentuada durante o
inverno e secura durante o verão. Algumas espécies (autóctones e não só) que parecem tolerantes a estas condições
(para experimentarmos):
19-06-2013 |
06-06-2013 |
- Tamargueira, Tamarix africana
- Lódão-bastardo, Celtis australis
- Tamujo, Flueggea tinctoria
- Zambujeiro, Olea europaea var. sylvestris
- Abrunheiro-bravo, Prunus spinosa
- Agnocasto, Vitex agnus castus
- Bambu, Phyllostachys flexuosa
- Canna spp.- Roseira-brava, Rosa sempervirens
- Rosa-canina, Rosa canina
- Copo-de-leite, Zantedeschia
- Lírio-amarelo, Iris pseudacorus
- Colocasia spp
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